Panorâmicas multi-shot

Ando tentado a experimentar construir uma panorâmica ao estilo Gigapan. Obviamente, tentarei fazê-lo "à la pata" pois, ainda que o preço daquela geringonça que eles vendem no site não me pareça absurdo, há outras coisas em que gastar o ordenado.
A minha dúvida é a seguinte: Qual a distância focal mais adequada para que se minimize a necessidade de recorrer ao "stretch" das diferentes fotos na hora de as conjugar e ao consequente crop final? Tenho feito algumas panorâmicas e deparo-me sempre com esse problema no final que, convenhamos, dá um trabalhão daqueles.

Ao falar em distância focal, estou a por de parte o efeito Gigapixel dos trabalhos expostos no gigapan, pois aí o zoom das câmeras é puxado ao máximo e penso mesmo que uma compacta ou bridge serão as mais indicadas para o efeito. Falo sim é de uma panorâmica estilo visualização ao nível do olho humano, sem zooms!!!

ao fazer panoramicas tenta tirar fotografias (muitas fotografias) acima dos 35mm e juntar na opçao do photoshop para panoramicas.

porque ao fazer acima das 35mm no momento de juntar as imagens nao estao com distorçao, ganhas linhas perfeitas e fica quase 100 natural, é um erro usar o dito grande angular para se fazer panoramicas (o famoso 18mm ou 17mm ou mesmo o 10mm)

fiz uma a uns meses com mais de 180º de angulos de visao e ficou poreira

Fazer panoramicas é forma mais barata de ter megapixeis. Não é difícl obter imagens com mais de 100 mpix.
Quando ouço o pessoal a falar de grande angulares para fazer paisagens lembro-me sempre disto. As grandes angulares servem para algumas paisagens, mas não todas.

Como o José Lopes te disse, é mais fácil usando distâncias focais maiores. Até diria que 35mm é o mínimo. Outra coisa que faz sentido é usar a máquina na vertical para tentar preservar uma boa relação entre as dimensões da imagem (para não ficar uma tira). Tendo dito isto sempre podes fazer panoramas com múltipas colunas verticais (nunca fiz). Se quiseres perder a cabeça podes fazer combinar com HDR (é preciso talento e disciplina).

O ideal é fazer esta técnica a partir de um tripé. Com máquina montada no tripé na vertical é mais complicado orientá-la mesmo com uma rótula. Para resolver isto existem L-brackets que permitem montar a máquina na vertical com a cabeça da rótula na posição horizontal. Recomendo vivamente o uso deste acessório. Link

Existem outros acessório mais xpto, que permitem rodar a máquina sobre o ponto nodal da lente, o que evita erros de paralaxe. Os erros de parallaxe surgem quando estão objectos presentes num primeiro plano, próximo da máquina e que ficam registados de forma não sobreponível quando se montam as imagens no software. O meu uso não justifica estes acessórios e nunca vi nenhum em uso. Link

Em relação ao software recomendo o PanoTools em lugar do photoshop. Dá bons resultados mais frequentemente do que o PS.

Abraço,
Alexandre

exacto, ao rodar tem que rodar no ponto nodal como referes, se nao for feito a certas linhas que nao irao encaixar depois na junçao!

Pois bem...
Se entendí direito isso do ponto nodal, o mesmo é definido (em termos de rotação horizontal com a máquina direita) na posição da rosca de aperto ao tripé certo?
Mas... e o ponto nodal relativamente à rotação vertical? só mesmo usando os tais "L-Brackets"???
Pareceu-me que, para um pedaço de plástico, não são nada baratos...

O ponto nodal fica algures debaixo da lente. Daí a dificuldade em determiná-lo sem o recurso aos acessórios. Teoricamente tens de rodar o equipamento por um eixo que está debaixo da "pupila" da lente e não sob o plano do sensor.

Os L-brackets não ajudam a determinar o ponto nodal. Apenas a manusear o conjunto máquina+rótula quando colocas a máquina na vertical.

E este equipamento não é de plástico. Os exemplos que te mandem até são de muito boa qualidade, tudo nas melhores ligas de alumínio. Claro que são caros para aquilo que fazem, mas o problema é que não existem muitos fabricantes no mercado.

Abraço,
Alexandre

Ora aí está mais um exemplo onde uma objectiva fixa de 50mm é muito útil, uma vez que não haverá, de certeza absoluta, alterações na distância focal.

Não esquecer outro pormenor muito importante, a leitura da luz, convém ser feita para o local que apresente a média de toda a luz (o ideal era que a luz fosse toda igual ???), a máquina tem que fotografar em modo manual (f16 a 22), de modo a que todas as fotos apresentem os mesmos valores, montadas todas as partes sem qualquer edição, que, a ocorrer, deverá ser só feita com a motagem completa num único ficheiro.

Para um trabalho desta natureza, que vai originar um ficheiro super-pesado, convém que o PC seja potente, uma avião de preferência...

Para o eixo funcionar bem na vertical, à muito que uso uma espécie de torno em madeira e borracha, que aperta do lado esquerdo do corpo da máquina e tem na sua base uma rosca onde aparafuso o tripé...

Bom fim de semana para todos.

Ora cá está... Assim ficou bem mais barato!!! Tirei um tempinho no trabalho e fiz o meu próprio LBracket em aluminio... Está assim às tres pancadas mas se resultar vou aperfeiçoa-lo...

Está tão simples que até doi, parabéns, parece-me super-impecável para o efeito pretendido, agora é uma questão de amaciares a engenhoca por forma a não fazeres riscos no corpo e venham daí essas panorâmicas enormes, o problema seguinte é o custo de cada uma se quiseres passar a papel, fotos enormes, custos a condizer...boas fotos.